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Dra. Caroline Frota,
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Muitos já ouviram falar em medicina ou terapia Ortomolecular, mas poucos sabem exatamente para que serve. O termo "Ortomolecular" foi criado pelo glorioso cientista Linus Pauling (considerado por muitos como o "pai" da Ortomolecular), ganhador do prêmio Nobel pela invenção da Tabela Periódica de Elementos Químicos e de outro Nobel pela paz.
O termo Ortho em grego significa correto, logo, a idéia seria equilibrar corretamente o organismo através de substâncias que já seriam encontradas normalmente nele. Então, surgiria a dúvida do porquê utilizar substâncias se nós já as temos. Para isso, é importante entender alguns conceitos como radicais livres, antioxidantes, deficiência nutricional e metais pesados.
Existem vários tipos de radicais livres, sendo que os que mais nos interessam são as espécies reativas tóxicas do oxigênio (ERTO). Nós possuímos ERTO em quantidades pequenas no organismo (3 a 5%) que desempenham algumas funções fisiológicas, no entanto, qualquer acréscimo acima dessa porcentagem acarreta no aparecimento de doenças.
Isso ocorre, pois o excesso promoveria muita oxidação (stress oxidativo), destruindo nossas células, da mesma forma que uma barra de ferro exposta ao oxigênio enferruja. Uma maneira de impedir isso seria através do uso de substâncias que bloqueassem a oxidação, daí o termo "antioxidantes". Vitaminas, por exemplo, têm propriedades antioxidantes e por isso são utilizadas no tratamento Ortomolecular, bem como minerais (além de outras substâncias). Ambos costumam ter ações interdependentes - daí o motivo de não ser prudente ingerir uma única vitamina ou mineral isoladamente.
É muito difícil para uma pessoa estar com todos os seus nutrientes em dia. Isso ocorre por vários motivos. Dessa forma os alimentos plantados hoje em dia em nosso solo não possuem a mesma "carga mineral" de muitos anos atrás, excetuando-se os casos em que uma intensa remineralização é feita.
Outro é a facilidade que temos de comer alimentos refinados e industrializados, que, além de não nos darem os nutrientes que precisamos, ainda tiram os poucos que nós temos - causando alteração na permeabilidade intestinal e um fenômeno conhecido como "disbiose". E, finalmente, a competitividade e velocidade de informação do mundo moderno que exige mais dos nossos corpos do que estamos preparados para agüentar. Isso tudo somado gera deficiência nutricional.
Nosso corpo é capaz de eliminar e até tolerar pequenas quantidades de metais pesados. No entanto, o progressivo aumento destes em nossas águas, no ar e o uso destes em diversos produtos, propiciaram um meio ambiente cada vez mais rico em chumbo, alumínio, cádmio, arsênico e mercúrio. Sobre este último, a Organização Mundial de Saúde preconiza que se faça exames de fio de cabelo, além de se poder utilizar exames de sangue e até de urina para um correto diagnóstico de intoxicação quando existir a suspeita.
A terapia Ortomolecular visa prevenir e tratar o stress oxidativo, deficiências nutricionais, intoxicação por metais pesados e muitas outras patologias isoladamente ou em conjunto com a medicina convencional, objetivando um ser humano mais equilibrado tanto do ponto de vista físico como mental.