A nova Casa de Detenção do Recife, com 8400 m² de área construída e 6000 m² de pátio externo terminou de ser construída em 1867 e seu projeto foi concebido segundo o modelo de penitenciária mais moderno existente na época, na França. Seguindo essa lógica, o edifício, inaugurado em 1855, apresenta o formato de cruz, e é composto por quatro raios correspondestes aos pontos cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste), todos com três pavimentos, que confluem para um saguão central, coberto por uma cúpula metálica o Mirante.
Em 1963, o então Chefe da Casa Civil, Francisco Brennand imaginou que aquele local poderia ser transformado numa casa que abrigasse toda a produção cultural do estado, criando assim em Pernambuco uma instituição similar aos centros de educação nas áreas de literatura, teatro, música e artes plásticas que estavam sendo criados na França pelo escritor André Malraux. No entanto, a idéia só foi colocada em prática quando a Casa de Detenção chegou a uma superpopulação de mil presos quando celas projetadas para abrigar 3 detentos chegavam a abrigar 8.
O local é o maior Centro da Cultura e Arte Pernambucana abrigando artesanato de todo o Estado, do litoral ao sertão. Redes, bonecas de pano, xilogravuras, rendas, artes sacras em madeira e barro, arte em barro, artigos de couro são alguns dos objetos expostos e comercializados ali.
As suas antigas celas além de lojas artesanais também abrigam a única livraria especializada em livros de Pernambuco, Cybercafé, sala de pesquisa e cursos diversos, Teatro, Concha Acústica e Anfiteatro externo, além do Museu do Frevo e ainda várias entidades culturais como o Balé Popular do Recife, a Associação dos Lojistas da Casa da Cultura, Federação de Teatro de Pernambuco, Associação de Capoeira, entre outras, têm suas sedes instaladas na Casa.